Vivemos um
momento de grandes conflitos. O valor da vida banalizado, tumultos, protestos
violentos, agressividade na família, no trabalho, no transito, na via pública.
Hospitais assaltados e escolas depredadas. Buscamos a pacificação das
comunidades violentadas pelo crime e no asfalto cresce a insegurança. Este é um
panorama que pode ser transferido para os diversos locais da comunidade
terrena. Não só nesta cidade (o Rio de Janeiro) mas em muitas outras cidades,
mesmo nos territórios chamados de primeiro Mundo. Basta abrir os jornais ou
acompanhar os noticiários que vamos ficar com a impressão que vivemos um
verdadeiro Armagedon . Esta impressão negativa é fruto em grande parte da
ênfase que se dá a notícia ruim em detrimento da notícia boa. Não podemos
negar, entretanto que o momento que vivemos é grave. Nossos benfeitores
espirituais todo o tempo nos advertem de que a realidade é construída pelos
nossos próprios pensamentos. Os pensamentos são gerados pelo nosso sistema de
crenças, ou seja, com a lente com a qual visualizamos o Mundo- no seu aspecto
interior e exterior – no qual nos sentimos imersos.
Segundo
Hermínio Correa de Miranda todas estas dificuldades do Mundo atual seriam
resolvidas com uma única idéia que deveria fazer parte do nosso sistema de
crenças: A REENCARNAÇÃO ! Diz Herminio,
:”Quando
se fizer, no futuro, um levantamento dos grandes equívocos do pensamento
humano, um deles avultará de maneira singular, entre os maiores: o abandono da
doutrina da reencarnação.....larga parte das mazelas que assolam a civilização
moderna se deve ao desconhecimento desta ideia tão simples e de tão importantes
consequencias morais para o ser humano”.
O pensamento
exarado por grandes vultos do mundo das ideias é bastante recorrente insistindo
no conceito das vidas sucessivas. Será que não bastaria PLATÃO? Mas há inúmeros
outros como Pitágoras , Menandro, Plotino entre os gregos e uma série de outros
que os antecederam e poscederam no mundo
oriental e ocidental incluindo a latinidade e que também são expoentes do
pensamento e da cultura humana. Na Epopeia da Grande Índia o Bhagavad-Gitâ que faz parte do do Mahabarata
eclode com grande eloquencia a
reencarnação no diálogo entre Krishna e
Arjuna. Krishna informa a Arjuna que ele
se situa entre dois exércitos, o dos“Kurus” e o dos ”Pandavas” num campo de
batalha. Ambos são seus parentes e ele terá que escolher de que Lado se
posicionar e combater. Os pandavas são as virtudes e os Kurus representam os
defeitos, as paixões viciosas. Ele fica ao lado dos Pandavas e terá que matar
seus primos os Kurus. Tem compaixão deles e num determinado momento Krishna
argumenta: “- assim como pomos fora a roupa já gasta, nos libertamos da
vestimenta física e vamos em busca da perfeição vestindo uma nova indumentária”.
E continua :”- Chorarias se te disserem que o homem recém-falecido é como o
homem recém-nascido? O fim do nascimento é a morte e o fim da morte é o
nascimento: tal é a lei.” Encontramos no Dolman de Allan Kardec no cemitério de
Pére la Chaise a inscrição semelhante atribuída ao mestre de
Lion: “Nascer, viver, morrer, progredir sempre, tal é a Lei.”
Uma verdade
de todas as épocas sempre negada, ignorada e escondida, uma cegueira cultural
devastadora, uma lástima.
Cientistas e pensadores da atualidade continuam trazendo informações preciosas
sobre a sobrevivência e a reencarnação. Estes estudos continuam a ser ignorados.
A
reencarnação resolve com lógica inquestionável uma enorme série de enigmas propostos
pela existência atual
e dá
sentido a problemas filosóficos, éticos, morais, psicológicos e mesológicos e sociais.
É tão simples e lógico que perturba a compreensão de criaturas acostumadas aos
intrincados processos de entendimento propostos pela ciência e pela filosofia.
Não foi à-toa que Allan Kardec verificando a força desta ideia a incorporou
atualizada ao corpo doutrinário do Espiritismo. A força da reencarnação abalou
de tal forma as estruturas da religião e da filosofia da época que foi olhada
com desconfiança e colocada de quarentena. Porem de tempos em tempos ela ressurge
no capo de analise dos homens de peso assim no inicio do século XX um prêmio Nóbel de
fisiologia, Charles Richet flertou com a ideia como “hipótese de trabalho” criando
a “Metapsiquica” mas não foi a diante. Os “estudiosos” não gostam das coisas
simples e procuram buscar explicações empoladas e exotéricas para um fato como
este que é apenas uma lei biológica natural. Em 1930 o professor da Universidade
de Duke (U.S.A.) J.B. Rhine recria a metapsiquica com o nome de Parapsicologia.
Ele começa do início e como o campo da hipótese espírita é muito vasto e não se
ajusta a metodologia cientifica mais comum batiza a sobrevivência da alma com o
nome de fenômeno Theta. É evidente que não pode chegar muito longe uma vez que
desejava pesquisar os fenômenos psíquicos usando estatística e “quebra-cabeças”.
Nos anos 60 a professor de psiquiatria da Universaidade de Virginia na Carolina
do Norte publicou VINTE CASOS SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO. Uma coletânea
retirada de 600 casos estudados por ele e que analisados com grande rigor
cientifico muito contribuíram para a divulgação da ideia baseada em analise
criteriosa e honesta. Nesta pesquisa 7 casos são da índia, 2 do Brasil, 7 do
Alasca, 1 do Líbano e 3 do Ceilão. O trabalho do Dr Stevenson é memorável.
Iremos nos referir a ele oportunamente.